Muitos anos atrás, em sua terra natal, Paraná, Julián
Serrano (21) explodiu no youtube e se tornou um verdadeiro fenômeno da web.
Seus vídeos pessoais eram vistos e comentados por milhares de seguidores. Seguidores
que o transformaram em ídolo, mesmo sendo “desconhecido”.
“Minha mãe queria que eu apagasse tudo e queria cortar minha
internet (...). Essa etapa, em que eu postava coisas da minha vida no youtube,
era uma discussão constante porque havia me causado problemas na escola e com
meus amigos. Mas eu lhe dizia: “Mãe, espere, quem sabe no dia de amanhã esses
vídeos possam me dar algo positivo”, recorda – com muita razão – o ator em
conversa com o Ciudad.com.
Atenta ao pedido das Serranistas (nome dado aos fãs de
Julian), Cris Morena logo colocou seus olhos nele. Foi assim que o jovem entrou
em Aliados, estreou como ator e ingressou no canto, sendo a última atividade
para qual quer se dedicar este ano.
O ator está trabalhando em seu primeiro disco solo. E sua
namorada, Oriana Sabatini (18), tem muito a ver! É que muitas de suas canções
são dedicadas a ela.
- Como nasceu a ideia
de se lançar como cantor solo?
- Desde os meus 12 anos quero ser cantor de rap e de música
urbana. Comecei a estudar canto, para além de fazer rap, poder cantar. Agora
estamos fazendo um CD com um estido novo, não estamos imitando ninguém. Estamos
revolucionando, nesse sentido.
- Por que você tomou
a decisão de se rebatizar como “Jota Esse”?
- Não rebusquei muito, são minhas iniciais (JS). As
primeiras músicas que subi na internet como “Jota Esse” foi em 2012. Eram músicas
que eu gravava com um microfone caseiro, as materizava e mesclava. As
apresentei dessa forma para mostrar aos outros outra faceta de Julian Serrano,
a do artista. Jota Esse é quando me coloco a escrever, me coloco a falar sério
e posso transmitir uma mensagem por fora do sarcasmo ou do humor. Então, marco
essa diferença entre Julián Serrano, personagem da internet, e Jota Esse.
- Quem escreve as
músicas?
- Eu as componho. Escrevo desde os 16 anos. Na escola a
única coisa que fazia era escrever canções; e pensamos nos videoclipes entre
todos. Estou fazendo o disco em uma produtora em que eu seria como um sócio,
porque é um projeto totalmente independente.
- Em que momento você
se inspira para escrever?
- O bom de escrever é que, se você está triste, desabafa, e
se está feliz, escreve coisas que fazem você se sentir ainda melhor. Eu o faço
como uma espécie de terapia. Durante a noite é o momento em que mais me inspiro
e, para mim, a melhor hora para compor é as 2 ou 3 da manhã. Eu costumo ter
muita insônia e aproveito para escrever.
- E você já escreveu
alguma canção para Oriana?
- Sim, dediquei várias a ela. Tenho várias canções escritas
para ela. Agora, quando lançarmos o disco, eu vou mostrá-las. Oriana tem suas
canções!
- Você surgiu na web,
postando vídeos da sua vida... Como você vê hoje esse Julián que começou
publicando materiais caseiros e chegou a TV, com a fama que está atraindo?
- Não estou muito longe da minha criança interior; eu sempre
fui muito apegado ao que é meu e a lutar pelo que quero. Então continuo com
essa mesma atitude para crescer.
- Você me disse que
tem muitas facetas. Nasceu youtuber, atuou e, agora, se lançou como cantor
solo. Como você se definiria?
- Me defino, mais que nada,como youtuber. Apesar de atuar
muito, porque na web faço um personagem. Então, eu me defino como youtuber,
ator e rapper.
- Sendo do Paraná,
você se mudou para Buenos Aires para dar um impulso maior na sua carreira?
- Estou vivendo na Capital há 2 anos, desde Aliados. Mas não
moro sozinho, moro com Agustín Bernasconi e Maxi Espíndola, dois amigos que
conheci na novela. Me instalei aqui para continuar fazendo o que gosto e
avançando na minha carreira.
- Como você lida com
as tarefas domésticas? No que é bom?
- Estou bem na cozinha: hoje cozinhei uma salsicha com molho
de tomate e ovo. Como bem e sou ordenado. O que eu faço, perco todas as meias e
roupas íntimas. Sempre tenho que andar mendigando roupa por aí (risos).
- Oriana se incomoda
com a desordem?
- Não, não se incomoda muito, e se o faz alguma vez é porque
a obriguei (risos).
- Antes de surgir no
artístico, estudou algo mais convecional?
- No Paraná, antes de Aliados, estudei Comunicação Social e
Psicologia, mas estava na faculdade e sabia que não era meu lugar, não me
sentia bem. Eu sabia que tinha queestar em Buenos Aires, na TV, ou fazendo
algum projeto meu. Mas fui porque queria provar a experiência da faculdade.
Depois, surgiu Aliados e considerei um sinal.
- No começo, como sua
família lidou com a sua exposição no youtube?
- Minha mãe queria que eu apagasse tudo e queria cortar
minha internet; e meu pai ria de minhas piadas. Essa etapa, onde postava coisas
da minha vida no youtube, era uma discussão constante porque havia me causado
problemas na escola e com meus amigos. Mas eu lhe dizia: “Mãe, espere, quem
sabe no dia de amanhã esses vídeos possam me dar algo positivo”. Eu estava
sonhando desde o primeiro momento. E assim foi, graças a Deus. E graças a Deus
eu também fechei a boca com a minha mãe (risos). Logo veio um “boom”, a fama,
desde antes de Aliados, e ela tinha medo porque não gostava da exposição, nem
queria que eu saísse de casa. A síndrome do ninho vazio.
- É notável que sua
mãe é muito cuidadosa com você, ela cuida da sua carreira?
- Sim, minha mãe é advogada e meu pai também. Eles cuidam de
mim em tudo. No trabalho, olham meus contratos, as entrevistas e tudo.
- E a sua irmã Yol, o
que faz?
- Minha irmã está estudando a carreira de nutrição, mas eu
disse para que comece canto, venha para cá e que façamos umas músicas juntos.
- Nas redes sociais
eu li que você tem algum TOC, quais são?
- Eu adoro os videojogos, mas precisam de muito tempo. Posso
estar jogando quatro horas seguidas, e são quatro horas que poderia estar
fazendo outra coisa: editando um vídeo, tento reuniões ou viajando. E não posso
escutar o rádio no volume ímpar...
- Mudando de assunto,
o que você gostou em Oriana que o fizesse deixar a solteirice?
- Ela é uma menina muito particular. Além de ser linda,é sincera,
simpática e boa pessoa, que é o mais importante.
- Antes dela você
teve muitas namoradas?
- Tive uma namorada chamada Sabrina que vive em Rosario. Com
ela namorei por dois anos.
- Com Oriana é
ciumento?
- Sim, mas eu não tanto. Sou muito orgulhoso. Se há algo que
me deixa com ciúmes, não o digo. Ainda assim, Ori se comporta bem. Ela é mais ciumenta
ou só o demonstra mais.
- Sempre te perguntam
como foi recebido pela família Sabatini Fulop, mas como a sua família recebeu
Oriana?
- Não a conheciam, mas saímos para jantar várias vezes com
meus pais quando eles vinham para Buenos Aires. Ori é calada, mas quando fala,
é muito educada. Meus pais a aceitaram super bem.
- Em Gracias por
Venir, Oriana disse você a “encarou”, mas que ela se “apaixonou primeiro”.
Concorda?
- Creio que sim. Ela me enviou mensagens em primeiro lugar,
depois, eu me apaixonei. Eu gosto muito de sair para dançar; estava na minha e
com tudo, porque não paro um segundo. Mas em um momento, quando fui ao Paraná, parei
para pensar e me dei conta de quem realmente importava, quem estava do meu lado
sempre. Aí me dei conta da boa pessoa que Ori é.
- Se lembra de como
foi o primeiro de vocês?
- Foi no apartamento em que eu vivia antes.
Sempre fazíamos previas com o pessoal de Aliados; saíamos e nos juntávamos
todas as semanas e, em uma dessas reuniões, nos beijamos. Ali todo o elenco já
sabia que havia algo entre nós. Nunca imaginaram que namoraríamos porque eu
estava meio distraído, na minha; e Ori é muito calada, ninguém sabia o que
pretendia...
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