quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Amor, sublime amor - Capítulo XVI


CAPITULO XVI


Gaston narrando.

No dia seguinte do jantar, já de tarde, umas 16h30, eu via TV e me levantei pra fazer alguma coisa que agora esqueci, e da janela vi Cande pegando as correspondências dela na caixinha do correio, decidi ir até lá fazer o convite à ela.
Sai e atravessei a rua, ela ergueu a cabeça e me viu, e abriu aquele sorriso lindo.
-          Vim te fazer um convite – falei quando cheguei à calçada dela.
-          Seja o que for, se você estiver junto eu aceito – respondeu sorrindo.
-          Então tudo bem, até mais – me virei e fingi que ia embora.
-          Você nem vai falar o que é? – perguntou confusa.
-          Eu só tava brincando – respondi rindo, me virei denovo e a olhei – Meu tio quer te conhecer então vai fazer um jantar na casa dele, ele disse pra eu levar você e a Lali.
-          Sério? Que... Bom – falou sorrindo, porém um pouco nervosa.
-          Você parece preocupada – falei a olhando.
-          É porque é como se fosse seu pai, eu fico assustada – riu sem graça.
-          Mas assustada porque, não precisa ficar assim, meu tio vai gostar de você – sorri.
-          Tá, tudo bem – riu – quando vai ser?
-          Próxima quarta, às 20h, eu levo vocês.
-          Tá, eu vou avisar Lali.
-          Tudo bem, até mais.
Não sei explicar, mas toda vez que a via precisava beija-la antes de ir embora, e foi o que fiz, éramos namorados não é? Eu não tinha que temer fazer isso, e a cada dia que passava o que eu sentia aumentava de uma forma que eu nem sei dizer.
Me virei e fui pra casa, aproveitei pra pegar as correspondências, entrei em casa e comecei a ler tudo, até que vi uma carta sem remetente, a abri e comecei a ler.
“Olá Gas, eu sou aquela pessoa que impediu que você tivesse uma família de verdade, e não me basta só acabar com os seus pais, você embora não tenha tido culpa em nada, merece ter o mesmo fim deles, assim como sua nova namoradinha, Candela, pois é, eu sei de tudo que acontece na vida de vocês e posso estar mais perto do que imaginam, fiquem de olhos abertos, mesmo que não adiante de nada”.
Eu não tive reação, fiquei a olhando com ódio, me levantei rapido, abri a porta, sai e fui pra casa de Cande, bati na porta varias vezes e Lali abriu.
- Meninas – falei já entrando – isso tava no meio de minhas correspondências, ouçam: - “Olá Gas, eu sou aquela pessoa que impediu que você tivesse uma família de verdade, e não me basta só acabar com os seus pais, você embora não tenha tido culpa em nada, merece ter o mesmo fim deles, assim como sua nova namoradinha, Candela, pois é, eu sei de tudo que acontece na vida de vocês e posso estar mais perto do que imaginam, fiquem de olhos abertos, mesmo que não adiante de nada”. – eu as olhei e a expressão delas era tão preocupante quanto a minha.
-          Meu Deus, também recebemos uma – disse Lali me entregando uma folha.
Eu li tudo, estava sem saber o que fazer.
-          Caramba – falei terminando de ler – e agora?
-          Só me assusta o fato dela estar por perto, porque embora tenhamos a foto dela quando mais jovem, é muito antiga e está meio estragada por causa da água... – disse Cande.
-          Vamos ficar calmos porque... – o celular de Lali tocou – é do trabalho, preciso atender, licença – ela seguiu pro quarto dela pra atender.
Cande olhava pros lados sem reação, com os olhos cheios de lagrima, inclusive deixou cair uma, eu me aproximei e a enxuguei.
-          Não fique com medo, eu não vou deixar nada nem ninguém fazer nada com você ou com sua irmã – falei a olhando.
-          Não temos nada a ver com essa briga, por que se vingar de nós também? – perguntou com voz de choro, não estava agüentando ver ela assim.
-          Calma meu amor. Nada vai acontecer, com você, comigo ou com a Lali, eu não vou deixar.
Ela afirmou com a cabeça e me abraçou, eu a abracei com um braço e o outro estava com a mão na cabeça dela, naquele momento eu percebi que eu faria qualquer coisa, tudo, pra que ela não ficasse daquele jeito, com medo, eu a protegeria de todo perigo e sempre estaria fazendo ela sorrir.
Quando me soltou, a olhei e tinha mais lagrimas em seu rosto, as sequei enquanto a olhava.
-          Não chora mais, cadê aquele sorriso lindo? – falei forçando um sorriso, pra que ela percebesse que estava tudo bem.
-          Não sei se o medo me deixa sorrir agora – falou abaixando a cabeça.
-          Mas esse sorriso não pode se deixar apagar por medo – ela me olhou e meu sorriso já não era mais forçado, pois só de olhar pra ela já era motivo suficiente pra sorrir – por mais que você esteja assustada, vai dar tudo certo, eu te prometo, ela me olhou por uns instantes e deixou escapar um sorriso radiante.
-          Esse sorriso já acabou com qualquer medo que estava presente aqui – sorri.
-          Você é tão bom pra mim – disse rindo com o olhar baixo, em seguida dirigiu ele pra mim – obrigada.
-          Você não tem o que agradecer – passei a acariciar seu rosto – eu gosto muito de você Cande, nunca senti isso por alguem, e eu te prometo te fazer muito feliz – sorri – a gente vai vencer isso, e vamos vencer juntos.
Ela se aproximou e me beijou, acho que eu estava conseguindo acalma-la, só o que queria ali era que ela se sentisse bem comigo estando perto dela.
Ela parou o beijo e me abraçou forte, eu retribui o abraço, tão forte quanto o dela.
-          Ta melhor agora? – perguntei.
-          Sim, porque você tá aqui comigo – falou enquanto me soltava, aquilo fez eu me sentir tão bem quanto ela.
-          Que bom – falei sorrindo.
-          Quer ficar pro jantar? – perguntou.
-          Claro – sorri.
Eu a abracei e ouvimos Lali descendo, dizendo que era só uma estagiaria com duvidas, e ela estava nervosa, a acalmamos e em seguida Cande disse que eu ficaria pro jantar, seguimos pra cozinha e enquanto elas preparavam tudo, claro que ajudei um pouco, conversamos muito, rimos muito, Lali era muito engraçada, era bom ter ela como cunhada. Quando ficou pronto comemos e ficamos conversando mais um tempo, até que me deparei com a hora, quase 23h, me levantei pra ir embora, me despedi de Lali e Cande foi comigo até minha casa.
-          Nunca ri tanto em minha vida – falei sorrindo.
-          Lali é bem divertida mesmo, qualquer um ri com ela – riu – obrigada por acalma-la, ela sempre foi a filha mais nervosa.
-          Não me agradeça, eu não sei porque, mas sinto obrigação de te deixar bem, e ela também, principalmente porque é minha cunhada – ri.
-          Que bom que gosta dela – sorriu.
-          Também gosto muito de você sabia? – falei sorrindo, a olhando.
-          Que bom também – riu.
-          Embora eu queira passar a noite toda com você aqui, vou entrar agora.
Ela afirmou com a cabeça, eu me aproximei e a beijei, logo me afastei, sorri e entrei em casa.
Já estava tarde, até para meu tio, então decidi que no dia seguinte eu iria no trabalho dele avisar que Emilia poderia atacar a qualquer momento, até mesmo a ele, ela faria qualquer coisa pra nos atingir, fisicamente, emocionalmente, em fim, eu só precisava avisa-lo.
Eu segui pro meu quarto, troquei de roupa, passei no banheiro e fiz tudo oque precisava fazer lá, em seguida voltei ao quarto e me deitei, pra dormir e tentar esquecer os problemas.

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