quarta-feira, 7 de maio de 2014

Aliados - 1ª temporada - Capítulo 15 - Legendado


Veja na continuação off e algumas fotos do capítulo...


Capítulo 15 - A Supervisão

A frase que Taylor disse aos seus alunos me deixou tocado e também me pergunto: O importante é o olhar, mas qual olhar? Quando os humanos esperam algo com muita ansiedade dizem “Não vejo a hora”. Quando querem dar uma opinião dizem “Eu vejo assim” ou “Esse é o meu ponto de vista”. Quando querem falar do futuro se perguntam “Como você se vê em alguns anos?”. Quando querem consultar com alguém sua aparência perguntam “Como me vê?”. “Estou tão bêbado que não vejo”, dizem quando bebem.
A vida humana é um olhar, um recorte. Os humanos conhecem da vida só o que vêem. Aqueles que não podem ver, precisam de outro olhar: uma supervisão.
Nunca estivemos tão longe de alcançar nossa missão. O tempo está se esgotando, e nos perguntamos porque?
Vocês estavam sempre olhando suas missões, agora é a hora de olharem vocês mesmos.
Vocês também são sua própria missão. Coloquem o olhar sobre vocês. Nossa missão é gerar uma mudança, e a mudança tem que começar por vocês. A mudança vem do interior, sejam a mudança.
Se um humano quer ver o seu rosto, tem que se olhar em um espelho, mas se quer olhar suas costas, tem que fazer um jogo de espelhos. Acreditamos conhecer alguém porque o vemos, mas conhecer o outro na realidade é poder ver com seus olhos, ver a vida como o outro vê.
Só confiamos no que vemos, mas o que vemos é apenas uma pequena parte da realidade.
A vida, o mistério, é tudo isso que escapa do olhar. Por alguma razão fecham os olhos quando se beijam, ou quando fazem amor. É porque assim vêem mais, vêem melhor.
Se supõe que o olhar de um supervisor vê mais, porque vê simultaneamente, o que alguém olha e quem olha. Olhar o outro não é só vê-lo, mas também ver seu olhar, sua verdade. Olhar, é também se deixar olhar. Só quando podemos ver, pensar e sentir como o outro, podemos dizer que conhecemos o outros. E será inevitável, conhecendo o outro, nós conheceremos a nós mesmos.
Alguns estudantes de pintura me desenharam, e cada um me pintou de uma forma diferente. É evidente que os demais quando me vêem, vêem algo diferente. A pergunta é quem sou, e agora sinto que estou cada vez mais perto de respondê-la.
Os seres humanos atravessam sua existência com a pergunta constante: “Quem sou?”, “Como sou?”, e para responder essas perguntas, perguntam aos demais: “O que vê?”, “Como você me vê?”. E haverá tantas respostas como olhares, inclusive o próprio olhar. Um olhar que muitas vezes é implacável. Podemos ser um pouco como nos vêem, um pouco como nos vemos, e um pouco como ninguém me vê.
Os crentes dizem que só Deus nos vê tal qual somos. Esse olhar, essa supervisão, que vê o que somos, o que fomos, o que seremos, e o que poderíamos ser. Um olhar contra o qual jamais podemos dizer que as coisas são assim como as vemos, porque não vemos quase nada.
Estamos muito interessados naquilo que vemos, mas o mais importante, é tudo aquilo que não podemos ver.

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