quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Amor, sublime amor - Capítulo IV


CAPITULO IV


Gaston narrando.

 Na manhã seguinte, fui servir a mesa pra tomar café quando bateram na porta, atendi e era uma moça, morena, baixinha, sorridente...
-          Oi, você deve ser o Gaston, eu sou Mariana, mas pode chamar de Lali, sou irmã da Candela que você conheceu ontem, vim te chamar pra tomar café conosco pois somos vizinhos e devemos ter uma amizade certo? E então? – Ela falava rapido demais e com um sorriso enorme no rosto.
-          Oi, prazer – ri – Eu não quero incomodar... – fui interrompido.
-          Imagine, você não incomoda, vamos lá – ela me pegou pelo braço e começou a me puxar.
Chegamos à porta da casa dela, ela me fez entrar e fechou a porta, me conduziu até a cozinha e pediu pra eu me sentar, ela tinha uma energia incrível, começamos a tomar o café e conversar, ela falou que a mãe dela havia sido morta quando Cande tinha 12 anos, e que era uma ótima pianista, dali entendi porque Cande tinha gostado tanto de me ouvir tocando.
-          Por isso que sua irmã gostou de me ouvir tocar – comentei sorrindo.
-          É, e o que achou dela? – disse com olhar fixo em mim.
-          Ela é... Muito bonita, simpática, foi gentil quando bati aqui, e tem um belo sorriso – falei um pouco envergonhado.
Bateram 3 vezes na porta, Lali pediu licença e foi atender, depois de alguns minutos ela voltou e Cande apareceu, era sempre tão bom vê-la, mesmo que eu só a tivesse visto uma vez, eu não sei oque estava acontecendo comigo, mas eu me sentia especial.
Ela deu bom dia e respondemos, e então se sentou.
-          Vou trabalhar, Gas pode terminar de tomar seu café que a Cande te faz companhia – sorriu.
Nesse momento Cande olhou pra ela como se estivesse assustada, surpresa. Logo Lali se foi, e a cozinha foi tomada por um silencio, até que eu resolvi quebrá-lo, falei sobre a mãe dela, e ela comentou sobre ela ser pianista, e até me elogiou.
-          Eu não devo ser tão bom assim – ri negando com a cabeça.
-          É sim – me olhou, e eu também a olhei – quando minha mãe tocava pra mim eu me sentia calma e especial, e eu estou me sentindo assim novamente, mas dessa vez quem toca é você...
Ela me olhou, parecia encantada, não sei ao certo, mas a cada elogio que ela me fazia, cada sorriso, eu sentia uma coisa diferente em mim.
-          Obrigado... – sorri.
-          Eu que agradeço, eu não sentia essas coisas há muito tempo – respondeu envergonhada, sorrindo de canto.
-          Fico feliz em saber que eu te deixo assim – sorri, terminei de tomar o café e me levantei.
Avisei que iria embora e ela me levou até a porta.
-          Qualquer dia te chamo pra você me ouvir tocar – sorri.
-          Pode ser – respondeu com varias expressões diferentes em seu belo rosto.
-          Tchau – me aproximei e dei um beijo em seu rosto.
-          Até mais – respondeu sorrindo.
Me virei e atravessei a rua pra ir à minha casa, chegando lá abri a porta e entrei. Me sentei no sofá e a partir dali, não consegui mais parar de pensar nela, no sorriso, na voz, no rosto, em tudo.

Emilia narrando.

Novo documento, falso é claro, Holly Inchausti, eu estava pronta pra terminar de destruir a família de Julia, mas tinha um porém... Julia me tirou algo muito precioso e ela teve ajuda, de uma pessoa que eu também dei um fim, e sem intenções também dei fim a seu marido que quis se intrometer, Silvia e Pedro Dalmau, eles tinham um belo bebezinho, chamado Gaston se não me engano, e pra quem pensou que eu ia deixar isso quieto se enganou, quando mexem comigo eu destruo a pessoa e tudo que ela mais tem de precioso, podem me chamar do que for, louca, psicopata, mas não dá pra mexer comigo e sair ileso, e nem os mais próximos.
Mas eu não teria que gastar uma gota de suor pra encontra-lo, eu tinha uma espiã na Argentina, Paula Recca, que sempre me manteve informada, e foi uma informação muito preciosa que fez com que eu voltasse pra Argentina.
Ela era de minha confiança, sua mãe era minha espiã e quando morreu passou todo seu trabalho pra ela, uma pessoa esperta, boa atriz, sempre ajudou muito, e era com ela que eu iria me encontrar num restaurante, próximo ao hotel que eu estava hospedada.
Quando cheguei ela já estava em uma mesa, me esperando, me sentei e deixei minha bolsa em outra cadeira.
-          Adorei o novo visual – disse sorrindo.
-          Obrigada – sorri – e então, me conte mais detalhes do que me disse por telefone, quando eu ainda estava em Paris – falei ansiosa – Você me disse que Candela e Gaston podem estar mais próximos do que eu imagino certo?
-          Isso, bom, todos esses anos sempre estive atrás de Candela, esses dias mudou um cara novo, pra casa em frente a dela, sempre que eles se vêem ficam se olhando, uma coisa muito chata, mas o mais importante, eu procurei saber o nome dele, Gaston Dalmau.
-          Não acredito, são vizinhos? – fiquei boquiaberta.
-          Sim, no dia em que ele se mudou seu tio, Nico, estava junto.
-          Isso é perfeito, posso acabar com os dois de uma vez!
-          O que tem em mente? – perguntou me olhando curiosa.
-          Por enquanto nada, mas te mantenho informada.
-          Tudo bem – sorriu.
Almoçamos e conversamos sobre mais alguns detalhes, então nos despedimos, ela foi pra sua casa e eu voltei ao hotel pra pensar em um plano maligno pra acabar com todos aqueles que eram do sangue de quem um dia cruzou o meu caminho.

* Postei dois capítulos hoje por não ter postado o capítulo de ontem.

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