sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Amor, sublime amor - Capítulo IX


CAPITULO IX
 
Emilia narrando.

3 dias depois. Ordenei a Paula que seguisse cada passo de Nicolas, ele almoçava de segunda a sexta naquele mesmo restaurante, ela dizia que ele sempre olhava pra porta, parecia procurar alguem, quem sabe eu? Pela cara que fez deve ter me achado bem bonita é, pior que sou mesmo. Mas eu só estava disfarçando, eu iria me cruzar com ele novamente, só estava dando um tempinho, e o tempinho havia acabado.
Num dia, alguns minutos antes do horário que Nico almoçava, eu estava terminando de me arrumar pra ir me cruzar com ele novamente, e eu estava realmente linda, preciso admitir.
Quando terminei, desci até a recepção e segui pro restaurante, ele ainda não havia chegado, perfeito, assim quando chegasse ele podia ate pedir pra se sentar comigo, quem sabe, mas mesmo se não pedisse, eu iria chamar, era parte do plano.
Depois de uns minutos ele chegou, e eu estava bem de frente pra porta, quando me viu abriu um sorriso enorme, e eu só fingi que não vi, ele foi se aproximando, mas ele se sentou a mesa ao lado da minha, ele estava fazendo tudo errado, mas tudo bem, eu sabia como consertar.
Olhei pro lado e o avistei, ele olhava o cardápio.
-          Com licença, é Nico né? – ele me olhou, sorriu e afirmou com a cabeça. – Você me ajudou naquele dia que deixei minha bolsa cair, queria te agradecer por me mostrar onde ficava o banco – sorri, só uma pessoa idiota faria isso, mas eu precisava lembrar que ali eu era Holly, não Emilia.
-          Sim, e você é Holly – ele sorriu – não tem que agradecer, foi um prazer.
-          Você já pediu? – perguntei.
-          Não, na verdade acabei de chegar – sorriu.
-          Pode me fazer companhia? – sorri, sorrisos me ajudavam muito a convencer as pessoas.
-          Ah claro, seria um prazer – ele sorriu, se levantou e se sentou na cadeira à frente a minha, em minha mesa.
Nós pedimos a comida e começamos a conversar, ele me falava da cidade e eu ouvia e comentava como se nunca tivesse vivido naquela droga, eu comecei a falar de quando morava em outros paises, sobre meu trabalho, eu disse a ele que era fotografa, bela mente a minha, agora eu precisava fazer um cursinho de fotografia só pra ajudar na atuação. Ficamos conversando por um longo tempo até que ele olhou pro relógio.
-          Eu preciso voltar ao trabalho.
Apenas afirmei com a cabeça, pedimos a conta e dividimos o valor, então pagamos e nos levantamos, no caminho até a saída ele fez o que eu estava esperando.
-          Podemos sair a qualquer dia – disse ele um pouco constrangido.
-          Claro, vou te passar meu celular.
Trocamos os números, nos despedimos e ele se foi, fiquei olhando ele ir embora e logo Paula se aproximou, ela sempre estava por perto, parou ao meu lado também olhando ele ir embora.
-          Conseguiu? – perguntou.
-          Caiu direitinho, agora é só esperar ele me ligar – falei rindo.

Mariana narrando.

A voz de Cande não saia de minha cabeça, desde que ela e Gas se beijaram ela não sabe falar de outra coisa, são dias ouvindo a mesma coisa, “ah como Gas é lindo, é perfeito, romântico, fofo”, mas era bom ver minha irmã feliz assim, e eu também estava contente, eu ia saber o que havia acontecido com minha mãe, estava com um ótimo emprego, minha irmã se livrou das partituras velhas depois de anos mofando na gaveta, e eu estava indo ao restaurante que eu almoçava, e ia ver aquela coisa linda chamada Peter que eu via todos os dias, ou não...
Ele sempre estava lá as 15h20 em ponto, já era 15h30, fui até o caixa onde minha amiga Daky ficava, ela também era amiga de Peter, alias, melhor amiga, e podia ter alguma noticia dele.
-          Hey Lali, chegou mais tarde hoje – disse ela sorrindo.
-          Pois é – falei rindo disfarçando meu desespero, me aproximei mais e falei com um tom mais baixo – cadê ele?
-          Peter? Me ligou esta manhã, tá no hospital, teve uma crise de gastrite, ele tomou soro, remédios, mas o medico achou melhor ele ficar lá por mais algumas horas, a crise veio bem forte dessa vez – disse ela me olhando.
-          Serio? Eu vou visitar ele – falei.
-          Não vai almoçar hoje? – perguntou confusa.
-          Se der tempo volto, agora vou ver ele, tchau – falei rapido, me virei e andei rapido até a saída, o hospital era perto dali, fui caminhando mesmo, droga, eu não gostava daquele hospital, mas fazer oque.
Quando cheguei perguntei na recepção sobre Juan Pedro Lanzani, me deram o numero do quarto e eu fui até lá, bati na porta 2 vezes.
-          Pode entrar – gritou.
-          Oi – falei sorrindo abrindo uma brechinha da porta.
-          Lali – sorriu – entra.
Eu entrei no quarto e me sentei em uma cadeira próxima da cama.
-          Como soube que eu estava aqui? – perguntou.
-          Daky me contou – sorri – como você está?
-          Bem melhor, você não precisava perder o horário de almoço só pra me visitar – sorriu.
-          Imagina Peter, eu me preocupo com você – deixei escapar isso, mas tudo bem, porque ele só sorriu meio sem graça.
Sorri, e então olhei em volta e suspirei, aquele lugar me trazia muitas lembranças.
-          O que foi? – ele perguntou.
-          A minha mãe trabalhava aqui – respondi dando um meio sorriso.
-          Achei que ela tocava piano – disse confuso.
-          É, ela era pianista nas horas vagas, mas na verdade era enfermeira nesse hospital. – respondi.
-          Você não fala muito dela – falou me olhando.
-          Eu sei, é que eu não gosto de sentir saudades, dói muito... E quando eu falo nela, eu sinto uma saudade imensa – falei me controlando pra não chorar – mas pra você eu conto.
-          Não precisa contar Lali – falou.
-          Mas eu quero – sorri de canto – quando eu tinha 14 anos ela sofreu um acidente de carro com minha irmã Cande, ela saiu ilesa, mas minha mãe morreu, e a pouco tempo a gente descobriu que esse acidente foi planejado, por uma mulher chamada Emilia, e por que isso a gente não sabe. Ai Cande pesquisou sobre ela na internet e viu que antes de matar nossa mãe, ela matou um casal, que no caso são os pais de nosso vizinho Gas, e o tio dele contou que Emilia os matou porque a mãe de Gas era advogada de nossa mãe, e ajudou ela a tirar uma coisa muito valiosa de Emilia, e por isso agora nem minha mãe, nem os pais de Gas estão vivos – contei tudo me controlando muito pra não chorar.
-          Eu sinto muito mesmo Lali, tomara que vocês consigam prender essa mulher – disse ele com uma expressão assustada.
-          A gente vai conseguir – sorri – agora eu preciso ir, senão vou trabalhar com fome – falei rindo, enquanto me levantava.
-          Obrigada por vir me visitar, fez eu me sentir bem melhor – sorriu.
-          Tudo bem Peter – sorri mais uma vez, segui até a porta e sai.
Ok admito, sou louca por Peter, trabalho na loja faz alguns meses e sempre almocei naquele restaurante, e ele também, nos conhecemos quando Daky estava de recepcionista, e eu estava conversando com ela antes de me sentar à mesa e ele chegou.
Flashback
-          Daky – disse um garoto lindo se aproximando.
-          Hey Peter, quanto tempo – respondeu Daky sorrindo – essa é minha amiga Lali, Lali esse é meu amigo Peter.
-          Oi – falei sorrindo, eu estava encantada.
-          Prazer – respondeu me olhando e sorrindo.
Atualmente
Depois disso nos falamos todos os dias, Daky sempre me disse que ele também gostava de mim, mas acha que eu acredito? Não, ele me via como amiga, e era bom que continuasse assim pra eu evitar uma ilusão.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentário, ele é muito importante para nós.

1) Opiniões e críticas construtivas são sempre bem vindas, desde que acompanhadas de educação.
2) Palavras de baixo calão não serão toleradas, levando, posteriormente, a exclusão do comentário; a mesma ação será aplicada em casos de xingamentos.