quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Amor, sublime amor - Capítulo XI

CAPITULO XI


Candela narrando.

Fazia uns dias que eu e Gas não nos víamos, eu morria de vergonha de ir à casa dele, seilá né...
Numa tarde, eu estava sozinha em casa, fazendo nada, e então o telefone tocou.
Começo da ligação.
-          Alô? – falei ao atender o telefone.
-          Cande, é o Gas – respondeu, na hora abri um sorriso.
-          Oi Gas – falei ainda sorridente, se ele visse o tamanho do meu sorriso...
-          A gente tá uns dias sem se ver... Quer sair pra jantar hoje? – perguntou.
-          Claro – respondi, muito alegre.
-          Passo na sua casa às 8, pode ser?
-          Pode sim, até lá – falei.
-          Até – respondeu.
Fim da ligação
Meu Deus, ele era tão romântico, um jantar, tudo bem pra vocês pode ser só um jantar, mas vá saber o que ele ia aprontar... Ok, que exagero, eu achei que estava em um filme... Eu só iria saber se eu fosse, e eu precisava me arrumar, escolher roupa, maquiagem, quem entendia disso era Lali, eu sempre andei com roupas simples, mas pra um jantar eu precisava me arrumar perfeitamente bem! Já eram 16h30, ela chegava do serviço 17h, dava pra esperar meia horinha.
30 minutos depois.
Eu estava no sofá, roendo as unhas, balançando as pernas, tomada por uma ansiedade do tamanho do mundo, toda hora olhava pra maçaneta da porta e nada dela virar...
Uns minutos mais tarde, ouvi um barulho de chaves, olhei pro lado e Lali já estava entrando, me levantei num pulo e corri até ela.
-          Me ajuda! – falei num tom meio desesperado, a olhando.
-          Que foi? – perguntou enquanto deixava suas coisas em cima da mesinha ao lado da porta.
-          Gas me chamou pra jantar, preciso de roupa, maquiagem, penteado, tudo! – falei contando nos dedos.
-          Cande – ela colocou as mãos em cima das minhas para que eu parasse de contar – calma, eu vou te ajudar.
Afirmei com a cabeça sorrindo, então corremos pro meu quarto pra vermos o que eu tinha de roupa que poderia ser usado, como Lali esperava, nada.
-          Eu não vou deixar você sair pra jantar com o maior gato com essas roupas – disse olhando meu armário, negando com a cabeça.
-          E o que eu vou fazer então? – perguntei me desesperando.
-          Uma roupa minha quem sabe – disse ela desviando o olhar pra mim.
-          Aquelas roupas de boneca? Não cabem em mim – falei debochando dela.
-          Você quer pensar negativo ou pelo menos tentar? – disse ela cruzando os braços.
-          Tá, tudo bem – falei colocando as mãos na cintura.
E então seguimos pro quarto dela, incrível, Lali tinha roupas lindas, a maioria que provei ficou pequeno, mas um vestido beje, que batia nos joelhos, bem simples e perfeito me caiu bem, e por coincidência eu havia ganhado sapatos ano passado de Lali, que combinariam.
Depois disso Lali apenas passou uma maquiagem levinha, e deixou meu cabelo solto.
-          Será que ele vai gostar? – perguntei a ela, me olhando no espelho.
-          Você tá uma princesa, ele vai ficar louco por você – sorriu – Por mais que você não esteja com um vestido longo e cheio de enfeites até os pés, um penteado de miss universo e sapatos de cristal, você tá perfeita.
-          Obrigada Lali, você é uma ótima irmã – falei sorrindo a olhando pelo espelho.
-          Não tem que agradecer – sorriu – são19h58, já ele chega ai.
-          Tem razão, vou ficar lá em baixo – disse me virando e a olhando.
-          Tá, vou descansar um pouco, boa sorte – ela me abraçou, logo me soltou e sorriu.
Eu retribui o sorriso, ela ficou em seu quarto e eu desci pra sala.
20h em ponto, bateram na porta, eu me levantei do sofá, respirei fundo e andei até ela, peguei a chave em cima da mesinha pra abrir a porta, virei a maçaneta e abri a porta.
Santo Deus, ele estava mais lindo do que nunca. Jeans, camisa, sapatos, pra alguns pode parecer simples, mas se o homem que eu amo aparece na minha frente, ele poderia estar com a roupa mais horrível do mundo, eu ainda ia achar perfeito.
-          Você tá... Linda – disse ele me olhando, os olhos dele brilhavam, logo abriu um sorriso.
-          Obrigada – sorri um pouco envergonhada – Você também está.
Ele apenas sorriu.
-          Vamos? – perguntou me a olhando.
Afirmei com a cabeça e sai, peguei minha bolsa e a chave, tranquei a porta e ele me guiou até um carro, ai eu descobri que atrás da casa tinha uma garagem, tanto tempo morando ali e eu não sabia disso.
Ele abriu a porta pra mim, um verdadeiro cavalheiro, parecia que eu estava num conto de fadas.
Eu entrei no carro e ele fechou a porta, então ele deu a volta e entrou também.
O caminho foi silencioso, acho que nos dois estávamos bem envergonhados, vai entender.
Chegamos a um restaurante que eu sempre quis ir, mas não encontrava tempo, embora eu estivesse de férias do trabalho, é, eu não encontrava tempo e coragem, a preguiça me matava.
Ele desceu do carro, deu a volta e abriu a porta pra mim, e estendeu a mão para que eu segurasse.
-          Obrigada – falei sorrindo enquanto descia do carro, ele apenas sorriu e fechou a porta.
Ele segurou minha mão e assim fomos andando até a entrada, quando entramos, a recepcionista nos levou até uma mesa e nos sentamos.
-          Eu to muito feliz que você aceitou meu convite – disse me olhando e sorrindo.
-          Como eu poderia recusar? – sorri o olhando.
-          Que bom que está aqui – sorriu.
Eu não sabia como responder frases tão perfeitas que ele dizia, então eu só sorri. Um tempo depois fizemos o pedido, até chegar conversamos um pouco, nós comemos, conversamos, conversamos e conversamos. Era bom falar com ele, eu me sentia à vontade, embora a timidez fosse um defeito horrível que eu tinha, com ele eu me sentia segura pra falar qualquer coisa.
Então resolvemos ir, eu tentei ajudar a pagar a conta, mas ele não deixou... Saímos do restaurante e ele me chamou pra andar um pouco na praça que havia ali perto, e eu não poderia recusar.
Estávamos caminhando, e então ele quebrou o silencio.
-          Sabia que... A ultima vez que me senti tão feliz assim foi quando... – ele parou de falar.
-          Quando...? – perguntei ansiosa.
-          Quando eu fui na sua casa saber se tava tudo bem, e te vi pela primeira vez – nesse momento ele parou de andar, que bom, porque eu tinha travado também.
Ele me olhou e eu fiquei o olhando, ainda surpresa com o que ele havia dito.
-          Eu não consigo tirar você da minha cabeça – disse me olhando.
-          Você também não sai da minha – falei sorrindo.
-          Acha que... Já podemos firmar o namoro? – perguntou me olhando.
-          Acho que... Sim – falei sorrindo.
-          Você não precisa aceitar só porque eu quero, se quiser esperar mais um tempo... – eu o interrompi.
-          Gas, eu quero, é o que eu mais quero – eu o olhei nos olhos e em seguida coloquei minha mão em seu rosto – porque eu nunca poderia imaginar que eu iria sentir tudo isso por alguem que eu conheci faz uma semana – sorri.
-          É pouco tempo né? – riu, suspirou e me olhou – Então você quer mesmo?
-          Quero, mais do que tudo, pode estar tudo confuso, mas eu sei que eu quero estar com você – falei ainda o olhando.
-          Eu... – abaixou a cabeça e riu – eu to louco pra te beijar agora sabia?
-          E porque não beija? – perguntei, ele levantou a cabeça e me olhou – somos namorados em fim não somos? – sorri.
Ele sorriu e me olhou por uns instantes, então colocou a mão em meu rosto, por baixo de meu cabelo, se aproximou mais e me beijou.
Foi um beijo diferente dos outros dois, o primeiro eu não estava esperando, o segundo foi mais apaixonado, e esse era apaixonado, profundo, parecia que ele estava com saudades... E eu também estava, sabe, pois mais que a gente se conhece a 1 semana, eu sentia uma necessidade de estar com ele, como se a gente tivesse criado uma ligação... E toda vez que eu o via meu coração batia acelerado, meus olhos brilhavam, eu me sentia tão feliz que sorria toda hora, nunca havia sentido aquilo por ninguém... Eu o amava.
Quando ele parou de me beijar, nos olhamos por um tempo e rimos, porque realmente era estranho, mas ao mesmo tempo completamente normal.
Depois disso ele perguntou se eu queria ir pra casa, mas por mim tanto fazia, mas estava tarde e eu achei melhor sim, então voltamos pra rua onde o carro estava, e cavalheiro como foi mais cedo, ele abriu a porta pra mim, eu entrei, ele entrou, e seguimos para nossa rua.
Ele parou na porta de minha casa, desceu do carro e abriu a porta pra mim, sério, homens igual a Gas não se encontrava fácil, Deus me presenteou com o melhor que ele tinha pra mim. Eu desci do carro e ele me levou até a porta.
-          Tá entregue – disse sorrindo.
-          Obrigada – respondi sorrindo.
-          Então, até amanhã – disse.
-          Até – sorri.
E foi como daquela vez em que fui a casa dele esclarecer tudo, porque ainda era estranho, e era tudo novo pra nós dois, mas a gente sabia como se despedir, só estávamos um pouco envergonhados ainda. Ele se aproximou e me beijou, um beijo rapido, senão ficaríamos ali a noite toda, quando parou, me olhou e sorriu, então se virou e foi até seu carro, eu fiquei o observando virar a rua pra estacionar na garagem do outro lado da casa.
Fiquei esperando ele dar a volta pra entrar, e ele olhou pra minha porta e acenou pra mim sorrindo, eu acenei devolta, então ele entrou, e eu fiz o mesmo.
-          Como foi? Me conte detalhes, gosto de detalhes! – Sim, Lali me esperava na porta, deve ter ouvido o carro chegar, eu quase morri de susto, assim que abri a porta ela estava lá.
-          Lali você tem que parar de me dar esses sustos! – falei nervosa enquanto trancava a porta.
-          Desculpe, eu estava ansiosa, vamos me conte tudo!
-          Bom – falei indo até o sofá, me sentei e comecei a contar – ele foi um fofo, abriu a porta do carro pra mim, falou coisas lindas... Ai fomos passear, e ele perguntou se eu queria firmar o namor... – ela me interrompeu.
-          Ai você tá namorando – disse ela me abraçando.
-          Você nem sabe se eu aceitei! – falei rindo.
-          Você recusou? Candela eu te dou um tapa! – disse ela me soltando, e me olhando séria.
-          Claro que aceitei né – ri.
-          Ai você tá namorando – repetiu a mesma cena, eu a abracei rindo.

* Vou postar a web somente nas terças, quintas e sextas, pois segunda e quarta tenho alguns compromissos e não consigo postar.

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