Candela narrando.
Fazia uns dias que eu e Gas não nos víamos, eu morria de vergonha de ir
à casa dele, seilá né...
Numa tarde, eu estava sozinha em casa, fazendo nada, e então o telefone
tocou.
Começo da
ligação.
-
Alô? – falei ao
atender o telefone.
-
Cande, é o Gas –
respondeu, na hora abri um sorriso.
-
Oi Gas – falei ainda
sorridente, se ele visse o tamanho do meu sorriso...
-
A gente tá uns dias
sem se ver... Quer sair pra jantar hoje? – perguntou.
-
Claro – respondi,
muito alegre.
-
Passo na sua casa às
8, pode ser?
-
Pode sim, até lá –
falei.
-
Até – respondeu.
Fim da ligação
Meu Deus, ele era tão romântico, um jantar, tudo bem pra vocês pode ser
só um jantar, mas vá saber o que ele ia aprontar... Ok, que exagero, eu achei
que estava em um filme... Eu só iria saber se eu fosse, e eu precisava me
arrumar, escolher roupa, maquiagem, quem entendia disso era Lali, eu sempre
andei com roupas simples, mas pra um jantar eu precisava me arrumar
perfeitamente bem! Já eram 16h30, ela chegava do serviço 17h, dava pra esperar
meia horinha.
30 minutos
depois.
Eu estava no sofá, roendo as unhas, balançando as pernas, tomada por
uma ansiedade do tamanho do mundo, toda hora olhava pra maçaneta da porta e
nada dela virar...
Uns minutos mais tarde, ouvi um barulho de chaves, olhei pro lado e
Lali já estava entrando, me levantei num pulo e corri até ela.
-
Me ajuda! – falei num
tom meio desesperado, a olhando.
-
Que foi? – perguntou
enquanto deixava suas coisas em cima da mesinha ao lado da porta.
-
Gas me chamou pra
jantar, preciso de roupa, maquiagem, penteado, tudo! – falei contando nos
dedos.
-
Cande – ela colocou as
mãos em cima das minhas para que eu parasse de contar – calma, eu vou te
ajudar.
Afirmei com a cabeça sorrindo, então corremos pro meu quarto pra vermos
o que eu tinha de roupa que poderia ser usado, como Lali esperava, nada.
-
Eu não vou deixar você
sair pra jantar com o maior gato com essas roupas – disse olhando meu armário,
negando com a cabeça.
-
E o que eu vou fazer
então? – perguntei me desesperando.
-
Uma roupa minha quem
sabe – disse ela desviando o olhar pra mim.
-
Aquelas roupas de
boneca? Não cabem em mim – falei debochando dela.
-
Você quer pensar
negativo ou pelo menos tentar? – disse ela cruzando os braços.
-
Tá, tudo bem – falei
colocando as mãos na cintura.
E então seguimos pro quarto dela, incrível, Lali tinha roupas lindas, a
maioria que provei ficou pequeno, mas um vestido beje, que batia nos joelhos,
bem simples e perfeito me caiu bem, e por coincidência eu havia ganhado sapatos
ano passado de Lali, que combinariam.
Depois disso Lali apenas passou uma maquiagem levinha, e deixou meu
cabelo solto.
-
Será que ele vai
gostar? – perguntei a ela, me olhando no espelho.
-
Você tá uma princesa,
ele vai ficar louco por você – sorriu – Por mais que você não esteja com um
vestido longo e cheio de enfeites até os pés, um penteado de miss universo e
sapatos de cristal, você tá perfeita.
-
Obrigada Lali, você é
uma ótima irmã – falei sorrindo a olhando pelo espelho.
-
Não tem que agradecer
– sorriu – são19h58, já ele chega ai.
-
Tem razão, vou ficar
lá em baixo – disse me virando e a olhando.
-
Tá, vou descansar um
pouco, boa sorte – ela me abraçou, logo me soltou e sorriu.
Eu retribui o sorriso, ela ficou em seu quarto e eu desci pra sala.
20h em ponto, bateram na porta, eu me levantei do sofá, respirei fundo
e andei até ela, peguei a chave em cima da mesinha pra abrir a porta, virei a
maçaneta e abri a porta.
Santo Deus, ele estava mais lindo do que nunca. Jeans, camisa, sapatos,
pra alguns pode parecer simples, mas se o homem que eu amo aparece na minha
frente, ele poderia estar com a roupa mais horrível do mundo, eu ainda ia achar
perfeito.
-
Você tá... Linda –
disse ele me olhando, os olhos dele brilhavam, logo abriu um sorriso.
-
Obrigada – sorri um
pouco envergonhada – Você também está.
Ele apenas sorriu.
-
Vamos? – perguntou me
a olhando.
Afirmei com a cabeça e sai, peguei minha bolsa e a chave, tranquei a
porta e ele me guiou até um carro, ai eu descobri que atrás da casa tinha uma
garagem, tanto tempo morando ali e eu não sabia disso.
Ele abriu a porta pra mim, um verdadeiro cavalheiro, parecia que eu
estava num conto de fadas.
Eu entrei no carro e ele fechou a porta, então ele deu a volta e entrou
também.
O caminho foi silencioso, acho que nos dois estávamos bem
envergonhados, vai entender.
Chegamos a um restaurante que eu sempre quis ir, mas não encontrava
tempo, embora eu estivesse de férias do trabalho, é, eu não encontrava tempo e
coragem, a preguiça me matava.
Ele desceu do carro, deu a volta e abriu a porta pra mim, e estendeu a
mão para que eu segurasse.
-
Obrigada – falei
sorrindo enquanto descia do carro, ele apenas sorriu e fechou a porta.
Ele segurou minha mão e assim fomos andando até a entrada, quando
entramos, a recepcionista nos levou até uma mesa e nos sentamos.
-
Eu to muito feliz que
você aceitou meu convite – disse me olhando e sorrindo.
-
Como eu poderia
recusar? – sorri o olhando.
-
Que bom que está aqui
– sorriu.
Eu não sabia como responder frases tão perfeitas que ele dizia, então
eu só sorri. Um tempo depois fizemos o pedido, até chegar conversamos um pouco,
nós comemos, conversamos, conversamos e conversamos. Era bom falar com ele, eu
me sentia à vontade, embora a timidez fosse um defeito horrível que eu tinha,
com ele eu me sentia segura pra falar qualquer coisa.
Então resolvemos ir, eu tentei ajudar a pagar a conta, mas ele não
deixou... Saímos do restaurante e ele me chamou pra andar um pouco na praça que
havia ali perto, e eu não poderia recusar.
Estávamos caminhando, e então ele quebrou o silencio.
-
Sabia que... A ultima
vez que me senti tão feliz assim foi quando... – ele parou de falar.
-
Quando...? – perguntei
ansiosa.
-
Quando eu fui na sua
casa saber se tava tudo bem, e te vi pela primeira vez – nesse momento ele
parou de andar, que bom, porque eu tinha travado também.
Ele me olhou e eu fiquei o olhando, ainda surpresa com o que ele havia
dito.
-
Eu não consigo tirar
você da minha cabeça – disse me olhando.
-
Você também não sai da
minha – falei sorrindo.
-
Acha que... Já podemos
firmar o namoro? – perguntou me olhando.
-
Acho que... Sim –
falei sorrindo.
-
Você não precisa
aceitar só porque eu quero, se quiser esperar mais um tempo... – eu o
interrompi.
-
Gas, eu quero, é o que
eu mais quero – eu o olhei nos olhos e em seguida coloquei minha mão em seu
rosto – porque eu nunca poderia imaginar que eu iria sentir tudo isso por
alguem que eu conheci faz uma semana – sorri.
-
É pouco tempo né? –
riu, suspirou e me olhou – Então você quer mesmo?
-
Quero, mais do que
tudo, pode estar tudo confuso, mas eu sei que eu quero estar com você – falei
ainda o olhando.
-
Eu... – abaixou a
cabeça e riu – eu to louco pra te beijar agora sabia?
-
E porque não beija? –
perguntei, ele levantou a cabeça e me olhou – somos namorados em fim não somos?
– sorri.
Ele sorriu e me olhou por uns instantes, então colocou a mão em meu
rosto, por baixo de meu cabelo, se aproximou mais e me beijou.
Foi um beijo diferente dos outros dois, o primeiro eu não estava
esperando, o segundo foi mais apaixonado, e esse era apaixonado, profundo,
parecia que ele estava com saudades... E eu também estava, sabe, pois mais que
a gente se conhece a 1 semana, eu sentia uma necessidade de estar com ele, como
se a gente tivesse criado uma ligação... E toda vez que eu o via meu coração
batia acelerado, meus olhos brilhavam, eu me sentia tão feliz que sorria toda
hora, nunca havia sentido aquilo por ninguém... Eu o amava.
Quando ele parou de me beijar, nos olhamos por um tempo e rimos, porque
realmente era estranho, mas ao mesmo tempo completamente normal.
Depois disso ele perguntou se eu queria ir pra casa, mas por mim tanto
fazia, mas estava tarde e eu achei melhor sim, então voltamos pra rua onde o
carro estava, e cavalheiro como foi mais cedo, ele abriu a porta pra mim, eu
entrei, ele entrou, e seguimos para nossa rua.
Ele parou na porta de minha casa, desceu do carro e abriu a porta pra
mim, sério, homens igual a Gas não se encontrava fácil, Deus me presenteou com
o melhor que ele tinha pra mim. Eu desci do carro e ele me levou até a porta.
-
Tá entregue – disse
sorrindo.
-
Obrigada – respondi sorrindo.
-
Então, até amanhã –
disse.
-
Até – sorri.
E foi como daquela vez em que fui a casa dele esclarecer tudo, porque
ainda era estranho, e era tudo novo pra nós dois, mas a gente sabia como se
despedir, só estávamos um pouco envergonhados ainda. Ele se aproximou e me
beijou, um beijo rapido, senão ficaríamos ali a noite toda, quando parou, me
olhou e sorriu, então se virou e foi até seu carro, eu fiquei o observando
virar a rua pra estacionar na garagem do outro lado da casa.
Fiquei esperando ele dar a volta pra entrar, e ele olhou pra minha
porta e acenou pra mim sorrindo, eu acenei devolta, então ele entrou, e eu fiz
o mesmo.
-
Como foi? Me conte
detalhes, gosto de detalhes! – Sim, Lali me esperava na porta, deve ter ouvido
o carro chegar, eu quase morri de susto, assim que abri a porta ela estava lá.
-
Lali você tem que
parar de me dar esses sustos! – falei nervosa enquanto trancava a porta.
-
Desculpe, eu estava
ansiosa, vamos me conte tudo!
-
Bom – falei indo até o
sofá, me sentei e comecei a contar – ele foi um fofo, abriu a porta do carro
pra mim, falou coisas lindas... Ai fomos passear, e ele perguntou se eu queria
firmar o namor... – ela me interrompeu.
-
Ai você tá namorando –
disse ela me abraçando.
-
Você nem sabe se eu
aceitei! – falei rindo.
-
Você recusou? Candela
eu te dou um tapa! – disse ela me soltando, e me olhando séria.
-
Claro que aceitei né –
ri.
-
Ai você tá namorando –
repetiu a mesma cena, eu a abracei rindo.
* Vou postar a web somente nas terças, quintas e sextas, pois segunda e quarta tenho alguns compromissos e não consigo postar.
* Vou postar a web somente nas terças, quintas e sextas, pois segunda e quarta tenho alguns compromissos e não consigo postar.
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