CAPITULO XII
Gaston narrando.
Fazia uns dias que eu não via Cande, e estava seriamente com saudades
dela, muita saudade mesmo, sabe quando você precisa da pessoa? Por isso tive
uma idéia. Peguei o telefone e disquei o número de sua casa.
Começo da
ligação.
-
Alô? – disse com
aquela doce voz, do outro lado da linha.
-
Cande, é o Gas –
respondi sorrindo ao ouvir a voz dela.
-
Oi Gas – falou.
-
A gente tá uns dias
sem se ver... Quer sair pra jantar hoje? – perguntei.
-
Claro – respondeu,
mudando seu tom de voz, parecia animada.
-
Passo na sua casa às
8, pode ser?
-
Pode sim, até lá –
disse.
-
Até – respondi.
Fim da ligação
Desliguei o telefone e respirei fundo, com esperanças, eu pretendia
firmar o namoro, eu não queria mais esperar, tudo bem, nos conhecemos há uma
semana, tá, mas eu não sei explicar o que eu sentia, eu só queria estar com
ela, nada de mal nisso... Eu acho, em fim, ainda estava cedo, fiquei sentado no
sofá vendo tv, e depois de uma hora esperando agoniado, comecei a mexer nas
partituras da mãe de Cande, que ela havia me dado, depois comecei a mexer nas
minhas mais antigas, eu fiz de tudo, só pra hora passar rapido.
Quando deu 19h eu tomei banho e me arrumei, 19h20 estava pronto, e eu
tinha que esperar mais agonizantes 40 minutos, mas tudo bem...
Quando faltava 5 minutos, sai de casa e dei a volta, fui a garagem,
sim, minha casa tinha uma garagem, mas ficava do outro lado, então só as
pessoas que moravam na rua de trás conseguiam ver, em fim, eu tirei meu carro e
parei à frente de minha casa, então fui à casa de Cande.
Bati na porta duas vezes e logo ela abriu, eu não tenho palavras pra
descrever o quanto ela estava perfeita, aos meus olhos, ela era a garota mais
linda do mundo.
-
Você tá... Linda –
falei a olhando, ainda meio bobo, encantado... Logo abri um sorriso.
-
Obrigada – sorriu um
pouco envergonhada – Você também está. – nessa hora sorri.
-
Vamos? – perguntei a
olhando.
Ela afirmou com a cabeça, então pegou sua bolsa e sua chave, fechou a
porta e a trancou.
Eu a levei até o carro, e abri a porta pra ela. Assim que entrou eu
fechei, dei a volta e entrei também.
O caminho todo ficamos em silencio, quando chegamos no restaurante eu
desci do carro e abri a porta pra ela.
-
Obrigada – falou
sorrindo enquanto descia do carro, apenas sorriu e fechei a porta.
Eu segurei na mão dela e nós entramos no restaurante, a recepcionista
nos levou a uma mesa e então nos sentamos.
-
Eu to muito feliz que
você aceitou meu convite – falei a olhando e sorrindo.
-
Como eu poderia
recusar? – sorriu me olhando.
-
Que bom que está aqui
– falei sorrindo.
Era bom estar na companhia dela, mesmo que não falasse muito, o sorriso
dela já valia mais que mil palavras.
Nós pedimos a comida, conversamos, comemos, conversamos... A cada
segundo eu ficava mais louco por ela. E depois de 1 hora decidimos ir embora,
pedimos a conta e na hora de pagar ela queria ajudar, mas eu não deixei, meu
tio disse uma vez que um homem sempre paga o primeiro encontro.
Eu a chamei pra passear numa pracinha ali perto, seria o lugar perfeito
pra pedir pra namorar, pois estaríamos sozinhos, sem ninguém pra nos incomodar.
Estávamos caminhando, e então criei coragem..
-
Sabia que... A ultima
vez que me senti tão feliz assim foi quando... – eu travei na hora, e estava
buscando forças do alem pra continuar falando.
-
Quando...? – perguntou,
esperando que eu concluísse a frase.
-
Quando eu fui na sua
casa saber se tava tudo bem, e te vi pela primeira vez – eu parei de andar,
tinha que decidir entre ter forças pra andar e forças pra falar.
Eu me virei a olhando nos olhos, enquanto ela também me olhava.
-
Eu não consigo tirar
você da minha cabeça – falei.
-
Você também não sai da
minha – disse, abrindo um sorriso em seguida.
-
Acha que... Já podemos
firmar o namoro? – perguntei, mais nervoso do que quando nos beijamos pela
primeira vez..
-
Acho que... Sim –
disse sorrindo.
-
Você não precisa
aceitar só porque eu quero, se quiser esperar mais um tempo... – ela me
interrompeu.
-
Gas, eu quero, é o que
eu mais quero – ela me olhou por uns segundos e em seguida colocou a mão em meu
rosto – porque eu nunca poderia imaginar que eu iria sentir tudo isso por
alguem que eu conheci faz uma semana – sorriu.
-
É pouco tempo né? –
ri, eu estava nervoso, meu coração nunca havia batido tão forte, então suspirei
e a olhei – Então você quer mesmo?
-
Quero, mais do que
tudo, pode estar tudo confuso, mas eu sei que eu quero estar com você –
respondeu.
-
Eu... – abaixei a
cabeça e ri – eu to louco pra te beijar agora sabia?
-
E porque não beija? –
perguntou, eu levantei a cabeça e a olhei – somos namorados em fim não somos? –
sorriu.
Era tanta alegria que eu não sabia nem o que dizer, apenas sorria, e ao
ouvir a ultima coisa que ela disse eu me senti à vontade o bastante pra
beija-la, então ergui minha mão, colocando-a em seu rosto, me aproximei mais e
a beijei, e naquele momento eu percebi que se eu fosse namora-la, eu tinha que
dar o meu melhor, e eu iria dar, eu queria que ela fosse a mulher mais feliz do
mundo, e queria fazer isso acontecer com ela estando ao meu lado, eu seria
carinhoso, compreensivo, tudo, pra poder ver aquele sorriso todos os dias,
aquele brilho no olhar dela, faria qualquer coisa pra ver ela feliz.
Quando parei de beija-la, nos olhamos por um tempo e em seguida rimos.
-
Você quer ir pra casa?
– perguntei, sem saber o que dizer.
Ela ergueu os ombros e em seguida olhou seu relógio.
-
Acho melhor sim, Lali
deve estar preocupada – falou.
Eu afirmei com a cabeça, segurei a mão dela e fomos pra onde estava o
carro, eu abri a porta pra ela e ela entrou, em seguida também entrei e
seguimos para nossas casas.
Eu estacionei a frente da casa dela, sai do carro e abri a porta pra
ela, e a levei até a porta.
-
Tá entregue – falei
sorrindo.
-
Obrigada – respondeu
sorrindo.
-
Então, até amanhã –
falei.
-
Até – falou.
Era tudo novo pra nós dois, não estávamos acostumados com nosso novo
estado civil, sabíamos como nos despedir, só estávamos desacostumados.
Eu me aproximei e dei um beijo rapido dela, rapido mesmo, para que não
ficássemos ali a noite toda, logo me afastei e sorri, me virando e indo até meu
carro, eu entrei, liguei e segui pro lado de trás de minha casa pra estacionar,
fiz isso, e dei a volta pra entrar, Cande me olhava da porta da casa dela, eu
acenei e ela acenou devolta, entrando em sua casa, e eu fiz o mesmo.
Entrando em casa, tranquei a porta e deixei as chaves em cima do braço
do sofá, me sentei no mesmo e suspirei, ás vezes deixava escapar um sorriso
quando lembrava da cena, pense você se apaixonar por uma pessoa que conheceu há
pouco tempo, essa pessoa sente o mesmo, e vocês estão juntos agora... Eu
precisava contar aquilo pra alguem, não estava tão tarde, decidi ligar pro meu
tio.
Começo da
ligação
-
Alô? – disse ele do
outro lado da linha.
-
Oi tio, te acordei? –
perguntei.
-
Não, você sabe que
durmo mais tarde que isso – riu – aconteceu alguma coisa?
-
Sim, mas nada de mal,
na verdade uma coisa ótima – falei sorrindo.
-
Deixe-me adivinhar,
você e a tal garota, Candela, estão juntos? – disse ele como se eu já tivesse
contado.
-
Como sabe? – perguntei
assustado.
-
É isso mesmo? Nossa,
parece até que tive uma visão – riu – mas isso é ótimo, fico feliz por você.
-
É, eu tava pensando,
quero muito que conheça ela – falei.
-
Eu também quero
conhece-la, que tal eu marcar um jantar aqui em minha casa, e você trás ela?
-
Seria ótimo – sorri,
gostei muito da idéia – tio, tem a irmã dela também, posso leva-la também?
-
Claro que pode, e
aproveitando vou levar um rapaz que faz estagio na empresa que trabalho, ele
não conhece muita gente, acho que seria uma boa idéia.
-
Então quando vai ser?
-
Bom... Pode ser na
próxima quarta, as 20h, se estiver bom pra você.
-
Claro, eu vou avisar
Cande e Lali e se estiver tudo bem, te ligo.
-
Tudo bem então, até
lá.
-
Até.
Fim da ligação
Eu já estava cansado, fui no banheiro escovar os dentes, e depois pro
meu quarto, troquei de roupa e me deitei pra dormir, e esperava ver Cande novamente,
em meus sonhos.
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