quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Amor, sublime amor - Capítulo VIII


CAPITULO VIII

Emilia narrando.

Passou um dia e algumas horas, e eu estava no hotel, sem plano, sem nada... Paula não ligou mais, e eu já estava me desesperando até que o celular tocou, só pra salvar a minha vida.
-          Que bom que ligou, estou com a cabeça vazia, não consigo pensar em nada! – falei nervosa.
-          Calma, tenho uma boa pra você, sabe quem está no mesmo restaurante que fomos ontem, almoçando? – perguntou.
-          E eu por acaso sou adivinha? Diga logo! – disse irritada.
-          Nico, o tio de Gaston – respondeu arrogante.
-          Não acredito, vou me arrumar e ir aí, eu preciso entrar na vida de cada um desses insolentes e vai ser por ele que vou começar, até mais – falei rapido.
-          Até – desligou.
Me arrumei rapidamente, eu não sabia como eu ia “conhece-lo” mas eu precisava pensar rapido, desci rapido até a recepção e fui caminhando até o restaurante, encontrei Paula na porta.
-          É ele – disse olhando disfarçadamente.
-          Hum – falei olhando pra onde ela olhava, era alto, moreno, olhos azuis, dava pro gasto – não é ruim, sabe mais alguma coisa dele?
-          Sim, graças a Deus é conhecido do garçom, perguntou como estava no novo emprego na bolsa de valores, e ele respondeu que era difícil lidar com os números, ou seja... – a interrompi.
-          Um corretor... Interessante, eu vou ver o que posso fazer, pode ir se quiser – falei ainda o observando, nem vi se ela foi ou não, estava focada nele.
Eu pensei em algo rapido, resolvi colocar o plano em pratica quando ele estivesse saindo do restaurante, ele não demorou muito, pagou sua conta e quando ia saindo dei uns passos pra trás, então fingi que estava mexendo dentro da bolsa, e ia caminhando sem olhar pra frente, e então nos esbarramos e deixei a bolsa cair. Como em filmes nos abaixamos os dois pra recolher tudo, estava tudo como eu havia pensado.
-          Me desculpe moça, eu não te vi – disse ele recolhendo tudo e colocando dentro da bolsa.
-          Tudo bem – falei e dei meu sorriso falso, e o olhei, fiz aquela cara de apaixonada que fazem nos filmes, ele também me olhou e fez a mesma cara, tava tudo mais perfeito do que nunca – me chamo Holly.
-          Nicolas – sorriu.
Terminamos de recolher tudo e nos levantamos.
-          Eu sou nova na cidade, estava meio perdida, pode me dizer onde fica o banco? – perguntei.
-          Virando a rua – sorriu.
-          Obrigada, vou indo – falei.
-          Até mais – disse.
Sai andando, se eu me esbarrasse com ele só mais uma vez ele poderia me chamar pra sair, pela cara de idiota que fez pareceu ter gostado de mim, ia sair tudo nos conformes, e dessa vez eu estava com mais tempo pra pensar logo em como seria o próximo encontro.

Candela narrando.

De noite, por volta das 19h, Lali e eu víamos TV quando bateram na porta, ela se levantou e foi abrir.
-          Oi Gas, entra – ouvi ela, automaticamente virei minha cabeça e o vi entrando, sorri e me levantei.
-          Vou deixar vocês sozinhos... – disse Lali.
-          Não Lali, eu também preciso falar com você – disse ele ainda entrando, logo fechou a porta e nos olhou – eu falei com meu tio e ele me contou tudo.
-          O que ele falou? – fiquei boquiaberta.
-          Bom, minha mãe era advogada, sua mãe era cliente dela, e elas tiraram uma coisa muito valiosa de Emilia, mas meu tio não sabe o que era, mas foi o que fez ela matar meus pais. Bom, parece que elas ganharam uma causa na justiça pra tirar essa coisa da Emilia e ela ficou com ódio, numa noite meus pais voltavam do escritório de minha mãe, e ela os surpreendeu com a arma, ela foi atirar em minha mãe, mas meu pai entrou na frente, e foi em vão porque logo após ela deu o tiro em minha mãe, e os dois morreram – ouvi tudo atenciosamente e pude ver que Gas ficou triste, também né, quem não ficaria assim contando sobre a morte dos pais.
-          Nossa Gas, eu sinto muito – disse Lali muito assustada.
-          Meninas eu não consigo entender como meus pais morreram por ajudar a mãe de vocês, e eu quero fazer justiça em nome deles. Pra tudo que vocês precisarem, eu estou aqui – disse ele nos olhando.
-          Muito obrigada, é bom poder contar com você – sorri.
-          Também vai ser ótimo lutar por isso ao seu lado – sorriu.
-          Bom... Eu vou ao meu quarto, se precisarem estou lá – disse Lali, olhei pra cara dela e percebi que ela estava se sentindo excluída, de uma boa forma, eu ri e Gas também, ela subiu as escadas e foi.
-          Obrigada Gas, você tá ajudando muito – falei sorrindo.
-          Você não tem que agradecer, eu que te agradeço, se não fosse você e sua irmã eu não teria começado com isso e não teria descoberto essa injustiça que fizeram com os meus pais... Você é como um anjo na minha vida... – ele deu um sorrisinho envergonhado, aquilo me matou.
-          Você falando assim, eu fico com vergonha – ri e abaixei a cabeça.
-          Mas é tudo verdade – eu o olhei e ele sorria – eu queria te apresentar pro meu tio.
-          Serio? – perguntei sorrindo.
-          É porque... Quando um casal está se conhecendo, sempre apresentam pros pais, e é como se ele fosse o meu pai – sorriu de canto.
-          Tudo bem, quando ele estiver por aqui você pode vir me chamar – sorri, fiquei muito honrada.
-          Ta bem, agora vou indo, a gente se vê amanhã – ele sorriu, foi à porta, abriu, saiu, me olhou e acenou, eu acenei de volta, então ele a fechou e se foi, eu me joguei no sofá e suspirei e pude ouvir passos rápidos, olhei pra trás e era Lali descendo as escadas correndo.
Ela fez uma cara de boba apaixonada e logo rimos, é, provavelmente ela estava escutando, provavelmente não, com certeza. Logo voltamos a ver TV.

Gaston narrando.

Por volta das 19h decidi ir a casa de Cande contar as novidades, atravessei a rua e cheguei à calçada delas, bati na porta 3 vezes e logo Lali atendeu, Cande estava sentada no sofá.
-          Oi Gas, entra – sorri e entrei, assim que Cande ouviu Lali, olhou pro lado, sorriu e se levantou, eu a olhei ainda sorrindo.
-          Vou deixar vocês sozinhos... – disse Lali.
-          Não Lali, eu também preciso falar com você – falei enquanto ainda entrava, fechei a porta e as olhei. – eu falei com meu tio e ele me contou tudo.
-          O que ele falou? – ficou bem curiosa.
-          Bom, minha mãe era advogada, sua mãe era cliente dela, e elas tiraram uma coisa muito valiosa de Emilia, mas meu tio não sabe o que era, mas foi o que fez ela matar meus pais. – falar daquilo era difícil, e eu só estava controlando pra não me emocionar - Bom, parece que elas ganharam uma causa na justiça pra tirar essa coisa da Emilia e ela ficou com ódio, numa noite meus pais voltavam do escritório de minha mãe, e ela os surpreendeu com a arma, ela foi atirar em minha mãe, mas meu pai entrou na frente, e foi em vão porque logo após ela deu o tiro em minha mãe, e os dois morreram – ouviram tudo atenciosamente, eu fiquei mal contando tudo, era difícil lembrar que cresci sem meus pais por causa de um assassinato.
-          Nossa Gas, eu sinto muito – disse Lali muito assustada.
-          Meninas eu não consigo entender como meus pais morreram por ajudar a mãe de vocês, e eu quero fazer justiça em nome deles. Pra tudo que vocês precisarem, eu estou aqui – falei as olhando.
-          Muito obrigada, é bom poder contar com você – disse Cande sorrindo.
-          Também vai ser ótimo lutar por isso ao seu lado – respondi, logo sorri.
-          Bom... Eu vou ao meu quarto, se precisarem estou lá – disse Lali, olhei pra cara dela e percebi que ela estava se sentindo excluída, de uma boa forma, então ri baixo.
-          Obrigada Gas, você tá ajudando muito – disse Cande sorrindo, era muito bom ver aquele sorriso aliviado dela.
-          Você não tem que agradecer, eu que te agradeço, se não fosse você e sua irmã eu não teria começado com isso e não teria descoberto essa injustiça que fizeram com os meus pais... Você é como um anjo na minha vida... – disse aquilo um pouco envergonhado, em seguida sorri.
-          Você falando assim, eu fico com vergonha – riu e abaixou a cabeça.
-          Mas é tudo verdade – ela me olhou e então sorri – eu queria te apresentar pro meu tio.
-          Serio? – perguntou sorrindo.
-          É porque... Quando um casal está se conhecendo, sempre apresentam pros pais, e é como se ele fosse o meu pai.
-          Tudo bem, quando ele estiver por aqui você pode vir me chamar – sorriu, parecia bem contente.
-          Ta bem, agora vou indo, a gente se vê amanhã – sorri, abri a porta e acenei pra ela, logo sai e a fechei.
Atravessei a rua e entrei em casa, me sentei no sofá e fiquei pensando em muita coisa, principalmente em meus pais, eu queria ajudar não só por causa de Cande e Lali, mas também por justiça, eu não tive a chance de crescer ouvindo meu pai tocar, ele podia me ensinar tanta coisa, assim como minha mãe também, eu queria ter crescido com os dois ao meu lado, me dando conselhos, broncas, tudo que acontece em uma família não aconteceu comigo, e eu não ia deixar aquilo por aquilo mesmo, pois além de fazer justiça em nome deles eu estaria ajudando pessoas, e ajudar é a coisa que mais gosto de fazer. E pense só, na felicidade de Cande quando conseguíssemos chegar ao nosso objetivo, o sorriso lindo e encantador que ela estamparia no rosto, e também Lali, faço isso por mim e por elas, pois todos nos merecemos ter uma família com pai, mãe, e nós não tivemos isso, e eu iria ajudar de qualquer forma.

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