CAPITULO VIII
Emilia narrando.
Passou um dia e algumas horas, e eu estava no hotel, sem plano, sem
nada... Paula não ligou mais, e eu já estava me desesperando até que o celular
tocou, só pra salvar a minha vida.
-
Que bom que ligou,
estou com a cabeça vazia, não consigo pensar em nada! – falei nervosa.
-
Calma, tenho uma boa
pra você, sabe quem está no mesmo restaurante que fomos ontem, almoçando? –
perguntou.
-
E eu por acaso sou
adivinha? Diga logo! – disse irritada.
-
Nico, o tio de Gaston
– respondeu arrogante.
-
Não acredito, vou me
arrumar e ir aí, eu preciso entrar na vida de cada um desses insolentes e vai
ser por ele que vou começar, até mais – falei rapido.
-
Até – desligou.
Me arrumei rapidamente, eu não sabia como eu ia “conhece-lo” mas eu
precisava pensar rapido, desci rapido até a recepção e fui caminhando até o
restaurante, encontrei Paula na porta.
-
É ele – disse olhando
disfarçadamente.
-
Hum – falei olhando
pra onde ela olhava, era alto, moreno, olhos azuis, dava pro gasto – não é
ruim, sabe mais alguma coisa dele?
-
Sim, graças a Deus é
conhecido do garçom, perguntou como estava no novo emprego na bolsa de valores,
e ele respondeu que era difícil lidar com os números, ou seja... – a
interrompi.
-
Um corretor...
Interessante, eu vou ver o que posso fazer, pode ir se quiser – falei ainda o
observando, nem vi se ela foi ou não, estava focada nele.
Eu pensei em algo rapido, resolvi colocar o plano em pratica quando ele
estivesse saindo do restaurante, ele não demorou muito, pagou sua conta e
quando ia saindo dei uns passos pra trás, então fingi que estava mexendo dentro
da bolsa, e ia caminhando sem olhar pra frente, e então nos esbarramos e deixei
a bolsa cair. Como em filmes nos abaixamos os dois pra recolher tudo, estava
tudo como eu havia pensado.
-
Me desculpe moça, eu
não te vi – disse ele recolhendo tudo e colocando dentro da bolsa.
-
Tudo bem – falei e dei
meu sorriso falso, e o olhei, fiz aquela cara de apaixonada que fazem nos
filmes, ele também me olhou e fez a mesma cara, tava tudo mais perfeito do que
nunca – me chamo Holly.
-
Nicolas – sorriu.
Terminamos de recolher tudo e nos levantamos.
-
Eu sou nova na cidade,
estava meio perdida, pode me dizer onde fica o banco? – perguntei.
-
Virando a rua –
sorriu.
-
Obrigada, vou indo –
falei.
-
Até mais – disse.
Sai andando, se eu me esbarrasse com ele só mais uma vez ele poderia me
chamar pra sair, pela cara de idiota que fez pareceu ter gostado de mim, ia
sair tudo nos conformes, e dessa vez eu estava com mais tempo pra pensar logo
em como seria o próximo encontro.
Candela narrando.
De noite, por volta das 19h, Lali e eu víamos TV quando bateram na
porta, ela se levantou e foi abrir.
-
Oi Gas, entra – ouvi
ela, automaticamente virei minha cabeça e o vi entrando, sorri e me levantei.
-
Vou deixar vocês
sozinhos... – disse Lali.
-
Não Lali, eu também
preciso falar com você – disse ele ainda entrando, logo fechou a porta e nos
olhou – eu falei com meu tio e ele me contou tudo.
-
O que ele falou? –
fiquei boquiaberta.
-
Bom, minha mãe era
advogada, sua mãe era cliente dela, e elas tiraram uma coisa muito valiosa de
Emilia, mas meu tio não sabe o que era, mas foi o que fez ela matar meus pais.
Bom, parece que elas ganharam uma causa na justiça pra tirar essa coisa da
Emilia e ela ficou com ódio, numa noite meus pais voltavam do escritório de
minha mãe, e ela os surpreendeu com a arma, ela foi atirar em minha mãe, mas
meu pai entrou na frente, e foi em vão porque logo após ela deu o tiro em minha
mãe, e os dois morreram – ouvi tudo atenciosamente e pude ver que Gas ficou
triste, também né, quem não ficaria assim contando sobre a morte dos pais.
-
Nossa Gas, eu sinto
muito – disse Lali muito assustada.
-
Meninas eu não consigo
entender como meus pais morreram por ajudar a mãe de vocês, e eu quero fazer
justiça em nome deles. Pra tudo que vocês precisarem, eu estou aqui – disse ele
nos olhando.
-
Muito obrigada, é bom
poder contar com você – sorri.
-
Também vai ser ótimo
lutar por isso ao seu lado – sorriu.
-
Bom... Eu vou ao meu
quarto, se precisarem estou lá – disse Lali, olhei pra cara dela e percebi que
ela estava se sentindo excluída, de uma boa forma, eu ri e Gas também, ela
subiu as escadas e foi.
-
Obrigada Gas, você tá
ajudando muito – falei sorrindo.
-
Você não tem que
agradecer, eu que te agradeço, se não fosse você e sua irmã eu não teria
começado com isso e não teria descoberto essa injustiça que fizeram com os meus
pais... Você é como um anjo na minha vida... – ele deu um sorrisinho
envergonhado, aquilo me matou.
-
Você falando assim, eu
fico com vergonha – ri e abaixei a cabeça.
-
Mas é tudo verdade –
eu o olhei e ele sorria – eu queria te apresentar pro meu tio.
-
Serio? – perguntei
sorrindo.
-
É porque... Quando um
casal está se conhecendo, sempre apresentam pros pais, e é como se ele fosse o
meu pai – sorriu de canto.
-
Tudo bem, quando ele
estiver por aqui você pode vir me chamar – sorri, fiquei muito honrada.
-
Ta bem, agora vou
indo, a gente se vê amanhã – ele sorriu, foi à porta, abriu, saiu, me olhou e
acenou, eu acenei de volta, então ele a fechou e se foi, eu me joguei no sofá e
suspirei e pude ouvir passos rápidos, olhei pra trás e era Lali descendo as
escadas correndo.
Ela fez uma cara de boba apaixonada e logo rimos, é, provavelmente ela
estava escutando, provavelmente não, com certeza. Logo voltamos a ver TV.
Gaston narrando.
Por volta das 19h decidi ir a casa de Cande contar as novidades,
atravessei a rua e cheguei à calçada delas, bati na porta 3 vezes e logo Lali
atendeu, Cande estava sentada no sofá.
-
Oi Gas, entra – sorri
e entrei, assim que Cande ouviu Lali, olhou pro lado, sorriu e se levantou, eu
a olhei ainda sorrindo.
-
Vou deixar vocês
sozinhos... – disse Lali.
-
Não Lali, eu também
preciso falar com você – falei enquanto ainda entrava, fechei a porta e as
olhei. – eu falei com meu tio e ele me contou tudo.
-
O que ele falou? –
ficou bem curiosa.
-
Bom, minha mãe era
advogada, sua mãe era cliente dela, e elas tiraram uma coisa muito valiosa de
Emilia, mas meu tio não sabe o que era, mas foi o que fez ela matar meus pais.
– falar daquilo era difícil, e eu só estava controlando pra não me emocionar -
Bom, parece que elas ganharam uma causa na justiça pra tirar essa coisa da
Emilia e ela ficou com ódio, numa noite meus pais voltavam do escritório de
minha mãe, e ela os surpreendeu com a arma, ela foi atirar em minha mãe, mas
meu pai entrou na frente, e foi em vão porque logo após ela deu o tiro em minha
mãe, e os dois morreram – ouviram tudo atenciosamente, eu fiquei mal contando
tudo, era difícil lembrar que cresci sem meus pais por causa de um assassinato.
-
Nossa Gas, eu sinto
muito – disse Lali muito assustada.
-
Meninas eu não consigo
entender como meus pais morreram por ajudar a mãe de vocês, e eu quero fazer
justiça em nome deles. Pra tudo que vocês precisarem, eu estou aqui – falei as
olhando.
-
Muito obrigada, é bom
poder contar com você – disse Cande sorrindo.
-
Também vai ser ótimo lutar
por isso ao seu lado – respondi, logo sorri.
-
Bom... Eu vou ao meu
quarto, se precisarem estou lá – disse Lali, olhei pra cara dela e percebi que
ela estava se sentindo excluída, de uma boa forma, então ri baixo.
-
Obrigada Gas, você tá
ajudando muito – disse Cande sorrindo, era muito bom ver aquele sorriso
aliviado dela.
-
Você não tem que
agradecer, eu que te agradeço, se não fosse você e sua irmã eu não teria
começado com isso e não teria descoberto essa injustiça que fizeram com os meus
pais... Você é como um anjo na minha vida... – disse aquilo um pouco
envergonhado, em seguida sorri.
-
Você falando assim, eu
fico com vergonha – riu e abaixou a cabeça.
-
Mas é tudo verdade –
ela me olhou e então sorri – eu queria te apresentar pro meu tio.
-
Serio? – perguntou
sorrindo.
-
É porque... Quando um
casal está se conhecendo, sempre apresentam pros pais, e é como se ele fosse o
meu pai.
-
Tudo bem, quando ele
estiver por aqui você pode vir me chamar – sorriu, parecia bem contente.
-
Ta bem, agora vou
indo, a gente se vê amanhã – sorri, abri a porta e acenei pra ela, logo sai e a
fechei.
Atravessei a rua e entrei em casa, me sentei no sofá e
fiquei pensando em muita coisa, principalmente em meus pais, eu queria ajudar
não só por causa de Cande e Lali, mas também por justiça, eu não tive a chance
de crescer ouvindo meu pai tocar, ele podia me ensinar tanta coisa, assim como
minha mãe também, eu queria ter crescido com os dois ao meu lado, me dando
conselhos, broncas, tudo que acontece em uma família não aconteceu comigo, e eu
não ia deixar aquilo por aquilo mesmo, pois além de fazer justiça em nome deles
eu estaria ajudando pessoas, e ajudar é a coisa que mais gosto de fazer. E
pense só, na felicidade de Cande quando conseguíssemos chegar ao nosso
objetivo, o sorriso lindo e encantador que ela estamparia no rosto, e também
Lali, faço isso por mim e por elas, pois todos nos merecemos ter uma família
com pai, mãe, e nós não tivemos isso, e eu iria ajudar de qualquer forma.
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