CAPITULO XIII
Emilia narrando.
Estava demorando pra Nico me ligar. Exagero? Quem sabe, só havia se
passado um dia e meio, mas em filmes o mocinho liga pra mocinha em menos de
24h, mas eu precisava lembrar que era vida real, e não um seriado de tv.
Eu estava vendo tv, em meu quarto do hotel, quando o telefone tocou, me
enchi de esperanças, até olhar quem era.
-
Diga Paula – falei
desanimada.
-
Que animo, achou que
era seu príncipe? – riu.
-
Se quer saber achei,
mas já que não é diga logo o que quer.
-
Estava andando pela
cidade ontem, e avistei de longe Gaston de Candela saindo de um carro, de mãos
dadas, e entrando em um restaurante.
-
Meu Deus, de mãos
dadas? – perguntei surpresa.
-
E tem mais, depois que
saíram, os segui até a pracinha do centro, e depois de um tempo eles pararam,
se olharam um pouco e... – parou de falar.
-
E o que garota?
-
Se beijaram!
-
Não pode ser! Jura
mesmo? – perguntei entusiasmada – mas está tudo ficando mais fácil pra mim!
Escute, quando tiver uma informação dessas, me ligue na hora!
-
Eu estava sem sinal,
por isso só liguei agora!
-
Tá tudo bem, mas... –
me interrompeu.
-
Desculpe eu tenho que
desligar, é importante, até mais – desligou.
Ela nunca teve a ousadia de desligar em minha cara, mas eu não liguei
para aquilo, eu estava com um plano todo pronto em minha cabeça.
Paula narrando.
Me chamo Paula Recca, assim como minha mãe era, sou espiã de uma grande
amiga de minha família, Emilia Attias, quer dizer, amiga da família materna,
meu pai não sabia de meu trabalho, e muito menos do de minha mãe, meu trabalho
no momento era ficar na cola de 3 pessoas, Gaston Dalmau, Candela Vetrano e
Nicolas Vázquez.
Numa noite, estava andando pelo centro e avistei uma cena que seria de
muito interesse pra Emilia, Gaston e Candela, saindo de um carro e mãos dadas,
e depois entrando em um restaurante, eu não consegui ver eles lá dentro, mas
fiquei de tocaia até a hora deles saírem, se entrassem no carro, eu os
perderia, mas só o que eu já havia visto era o bastante.
Depois de mais ou menos 1 hora eles saíram, e pra minha sorte foram
andando até um parque, eu fui logo atrás, um pouco distante deles, escondida,
eles foram até uma praça e eu os observava de longe, até a hora em que pararam,
falaram alguma coisa e em seguida se beijaram, santo Deus, Emilia ia adorar saber
daquilo, eu tentei ligar pra ela mas o sinal estava péssimo, quando começaram a
andar de volta pro carro, corri pra outro lugar e detrás das arvores da praça
pude ver eles saindo com o carro.
Eu não conseguia ligar pra Emi de jeito nenhum, e decidi ir pra casa
pra ligar no dia seguinte.
Dia seguinte
Meu pai é dono de uma importante corretora de ações da bolsa de
valores, de vez em quando ia lá fazer companhia a ele, e eu estava lá, na sala
dele enquanto ele participava de uma importante reunião, decidi tentar ligar
pra Emi denovo, e consegui.
Começo da
ligação
-
Diga Paula – falou num
desanimo.
-
Que animo, achou que
era seu príncipe? – perguntei rindo.
-
Se quer saber achei,
mas já que não é diga logo o que quer.
-
Estava andando pela
cidade ontem, e avistei de longe Gaston de Candela saindo de um carro, de mãos
dadas, e entrando em um restaurante.
-
Meu Deus, de mãos
dadas? – perguntou, já mudando o tom de voz.
-
E tem mais, depois que
saíram, os segui até a pracinha do centro, e depois de um tempo eles pararam,
se olharam um pouco e... – parei de falar pra causar suspense, ela odiava isso.
-
E o que garota?
-
Se beijaram!
-
Não pode ser! Jura
mesmo? – perguntou – mas está tudo ficando mais fácil pra mim! Escute, quando
tiver uma informação dessas, me ligue na hora!
-
Eu estava sem sinal,
por isso só liguei agora!
-
Tá tudo bem, mas... –
enquanto ela falava essa frase, eu vi pelo grande vidro da sala de meu pai,
aquela beleza passando, parei de prestar atenção em Emi e a interrompi.
-
Desculpe, eu tenho que
desligar é importante, até mais – desliguei.
Fim da ligação
Ela podia ficar curiosa, fosse o que for, mas quando eu via Juan Pedro
Lanzani passando, eu esquecia o resto do mundo. Ele era estagiário na empresa,
eu era louca por ele, e não sabia se ele também gostava de mim, mas eu não
conseguia ver ele passando sem falar com ele.
Eu abri a porta e sai, indo até ele, com o coração a mil.
-
Ei Peter – disse atrás
dele, sorrindo.
-
Ah, oi Paula – ele se
virou e sorriu.
-
Eu tava pensando, que
tal se a gente saísse? – perguntei o olhando.
-
É... Não sei, eu to
cheio de coisas pra fazer... – parecia nervoso – eu te aviso se encontrar um
dia livre, tá?
-
Tudo bem – sorri.
Ele sorriu novamente, se virou e foi pro estagio, como era lindo...
Juan Pedro narrando.
Mais um dia de batalha, estava chegando na sala onde se fazia o
estagio, passei cumprimentando todos a minha frente como sempre fazia, e fui
parado por Nico.
-
Eaí Nico – falei
sorrindo.
-
Oi Peter, tenho um
convite pra te fazer – respondeu me olhando.
-
Convite? – perguntei
confuso.
-
Sim, bom meu sobrinho
Gas está namorando, e eu vou fazer um jantar em casa pra eu conhecer a garota,
ai ela também vai levar a irmã, e eu pensei em te chamar já que você não
conhece tanta gente por aqui... – explicou.
-
Legal – mas o nome Gas
não me era estranho – por curiosidade, como é o nome das garotas?
-
Candela e a irmã de
chama Lali, se não me engano – falou.
-
Lali... – sorri – A
conheço. Adoraria ir.
-
Pelo brilho dos seus
olhos você a conhece e também tem mais coisa ai – riu.
-
Invenção sua – neguei
com a cabeça – agora vou indo.
-
Tudo bem, ah, é na
próxima quarta feira, as 20h.
-
Tudo bem, obrigado
Nico, até mais.
-
Até.
Parecia que o destino queria nos unir, quem diria que eu fosse num
jantar na casa de Nico e a encontraria lá...
Voltei a andar à caminho da sala do estagio, quando ouvi uma voz me
chamando, pude reconhecer, era Paula, a filha do dono da corretora, eu sabia
que ela era louca por mim, mas as vezes exagerava, até irritava, mas eu tinha
que tratar bem e ter educação, até porque era filha do chefe, e não se deve
tratar mal uma garota que gosta de você só porque ela gosta de você... E por
ser extremamente irritante, insistente e grudenta.
- Ei
Peter – disse, pelo tom da voz acho que estava até sorrindo.
- Ah,
oi Paula – me virei e a olhei, dei um sorriso meio falso e sim, ela estava
sorrindo.
- Eu
tava pensando, que tal se a gente saísse? – perguntou me olhando, e era ali que
eu começava a ficar nervoso.
- É...
Não sei, eu to cheio de coisas pra fazer... – nem sabia ao certo o que dizer –
eu te aviso se encontrar um dia livre, tá?
- Tudo
bem – sorriu.
Sorri novamente numa forma de dizer “tchau”, e
virei e voltei a andar, eu tinha me livrado daquela, e ela não poderia saber do
jantar, se não ficaria enchendo meus ouvidos de “você podia ir num jantar e não
podia sair comigo”, em fim, eu só estava com o pensamento focado no jantar, e
em ver Lali duas vezes no mesmo dia, era uma benção, e eu não ia recusar de
jeito nenhum.
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